Em Nome de Deus esteve nas listas dos mais vendidos em todo o mundo. O livro contém algumas das mais explosivas e dramáticas revelações jamis publicadas sobre assuntos internos da Vaticano.

Entre o fim da tarde de 28 e a madrugada de 29 de Setembro de 1978, o Papa João Paulo I, Albino Luciani, conhecido por o Papa sorridente, morreu 33 dias após a sua eleição.
David Yallop começou por investigar a morte de João Paulo I a pedido de algumas figuras do Vaticano incomodadas pelas circunstâncias em que se deu a descoberta do corpo de João Paulo I, tendo concluído que Albino Luciani foi assassinado, apresentando as evidências neste fascinante livro.

Depois de três anos de investigação contínua e axaustiva, David Yallop desmascarou a cadeia de corrupção que juntou importantes figuras da finança, da política, do crime e círculos do clero, numa conspiração mundial de enormes proporções. Até hoje, as questões centrais levantadas no livro Em Nome de Deus permanecem sem resposta e as terríveis acusações aí feitas continuam a não ser constestadas.

Reservado para a Bookbox Virtual "De Frase em Frase - Página 69"

Segue para a Pierrot-Moon

Obrigada, ElHurricane!

Afinal descobri cá em casa um exemplar de "Em Nome de Deus" que não sabia que existia. Logo, este do BC, poderá seguir já para mais uma viagem, vai voltar ao Norte.
Segue para a ichigochi no âmbito da Troca-por-Troca do 10º Aniversário BC do Jota-P.
Boa leitura, ichigochi!

Chegou hoje. Obrigada Pierrot :)

Este livro não é uma obra-prima literária, nem está escrito de forma particularmente brilhante, mas, e nunca pensei dizer isto, depois de o ler, não voltarei a ser a mesma.

É claro que todos os livros que lemos nos ensinam alguma coisa e, nesse sentido, mudam, em maior ou menor grau, a nossa perspectiva em relação a algo, mas esta leitura retirou-me alguma inocência que ainda resistia às evidências, pondo em causa aquele lema que tinha por indiscutível de confiar a priori nas boas intenções das pessoas até uma prova inequívoca que as desmentisse...
Não sei se tudo o que é revelado no livro é verdade, mas verifiquei que a maior parte dos nomes aí referidos foram entretanto investigados e julgados, com mais ou menos sucesso. Por exemplo, o Grão-Mestre da Loja Maçónica secreta P2, Licio Gelli, hoje com 94 anos, foi julgado e considerado culpado de inúmeros crimes mencionados no livro, embora as malhas de influência que teceu ao longo da sua vida lhe tenham permitido passar sempre incólume e usufruir dos lucros desses crimes sem contratempos de maior, estando hoje em prisão domiciliária numa villa da Toscana (Licio Gelli na Wikipedia). E este tráfico de influências continua sem dúvida activo - Berlusconi, por exemplo, era um dos cerca de 900 membros secretos da P2 e olhem onde ele está...
É desesperante pensar que são precisamente as pessoas que têm este tipo de apoio e usufruem desta teia de influências que conseguem chegar mais facilmente a posições de poder.

O que me choca mais nisto tudo nem é que seja plausível que João Paulo I tenha sido de facto assassinado para evitar a "limpeza da casa" que estaria a preparar... o que me choca mesmo é que, tanto a pessoa que o antecedeu como a que lhe sucedeu no cargo, tenham sido senão responsáveis pelo menos coniventes com toda esta sujidade... Choca-me nomeadamente que João Paulo II seja a imagem personificada da bondade e tenha estado quase 30 anos a ser reverenciado publicamente por milhões de pessoas, enquanto nos bastidores continuava a usufruir de negócios obscuros (que incluem, só para dar um exemplo, vendas de armas à Argentina, na Guerra das Malvinas)... E choca-me particularmente que a Igreja se prepare para o proclamar santo daqui a alguns meses, perpetuando a hipocrisia da Instituição...