O outro Pé da Sereia
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"Viagens diversas cruzam-se neste romance: a de D. Gonçalo da Silveira, a de Mwadia Malunga e a de um casal de afro-americanos. O missionário português persegue o inatingível sonho de um continente convertido, a jovem Mwadia cumpre o impossível regresso à infância e os afro-americanos seguem a miragem do reencontro com um lugar encantado. Outras personagens atravessam séculos e distâncias: o escravo Nimi, à procura das areias brancas da sua roubada origem. A própria estátua de Nossa Senhora, viajando de Goa para África, transita da religião dos céus para o sagrado das águas. E toda uma aldeia chamada Vila Longe atravessa os territórios do sonho, para além das fronteiras da geografia e da vida.
As diferentes viagens entrecruzam-se numa narrativa mágica, por via de uma mesma escrita densa e leve, misteriosa e poética de um dos mais consagrados escritores da língua portuguesa."
Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, Brasil.
As diferentes viagens entrecruzam-se numa narrativa mágica, por via de uma mesma escrita densa e leve, misteriosa e poética de um dos mais consagrados escritores da língua portuguesa."
Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura, Brasil.
Journal Entry 2 by ichigochi from Vila Nova de Gaia, Porto Portugal on Wednesday, September 10, 2008
Muito bom! Mia Couto no seu melhor :)
Gosto muito da escrita de Mia Couto mas, em alguns livros que li dele, principalmente nos de contos, gostei mesmo só da escrita e nem tanto das histórias... como se o facto de haver um enredo não fosse o mais importante mas apenas um pretexto para escrever, reinventando a escrita, como é seu hábito! Neste livro, no entanto, não senti que o enredo fosse secundário... antes pelo contrário: a magia da escrita é complementada de forma brilhante pela fantasia do enredo e tudo somado dá uma obra fascinante que dá vontade de devorar para voltar a ler e saborear devagarinho...
Aqui fica um cheirinho:
"A viagem não começa quando se percorrem distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores. A viagem acontece quando acordamos fora do corpo, longe do último lugar onde podemos ter casa."
"-Tem uma notícia triste, marido?
-Muito triste.
-Então já sabe como me vai contar.
Ela deitou-se, despiu-se e esperou que o marido se deitasse a seu lado. Depois beijou-o e abraçou-o com força. Enquanto faziam amor ele lhe foi contando a novidade da morte de Luzmina, desfiando a tristeza que a mulher ia sufocando a golpes de ternura, corpo diluindo-se em outro corpo."
"-A verdade é só uma, afirmou Benjamin, nós, os negros, temos que nos unir...
-É o contrário.
-O contrário, como? Sugere que nos devemos desunir?
-Nós temos que lutar para deixarmos de ser pretos, para sermos simplesmente pessoas."
"A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar."
Gosto muito da escrita de Mia Couto mas, em alguns livros que li dele, principalmente nos de contos, gostei mesmo só da escrita e nem tanto das histórias... como se o facto de haver um enredo não fosse o mais importante mas apenas um pretexto para escrever, reinventando a escrita, como é seu hábito! Neste livro, no entanto, não senti que o enredo fosse secundário... antes pelo contrário: a magia da escrita é complementada de forma brilhante pela fantasia do enredo e tudo somado dá uma obra fascinante que dá vontade de devorar para voltar a ler e saborear devagarinho...
Aqui fica um cheirinho:
"A viagem não começa quando se percorrem distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores. A viagem acontece quando acordamos fora do corpo, longe do último lugar onde podemos ter casa."
"-Tem uma notícia triste, marido?
-Muito triste.
-Então já sabe como me vai contar.
Ela deitou-se, despiu-se e esperou que o marido se deitasse a seu lado. Depois beijou-o e abraçou-o com força. Enquanto faziam amor ele lhe foi contando a novidade da morte de Luzmina, desfiando a tristeza que a mulher ia sufocando a golpes de ternura, corpo diluindo-se em outro corpo."
"-A verdade é só uma, afirmou Benjamin, nós, os negros, temos que nos unir...
-É o contrário.
-O contrário, como? Sugere que nos devemos desunir?
-Nós temos que lutar para deixarmos de ser pretos, para sermos simplesmente pessoas."
"A viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar."
Journal Entry 3 by PaiNatal from Lisboa - City, Lisboa (cidade) Portugal on Monday, December 15, 2008
Para onde irá este livro? Os ajudantes do PaiNatal farão o favor de o entregar ao seu destinatário antes da noite de Natal.
Festas Felizes! HO HO HO!
Festas Felizes! HO HO HO!
Journal Entry 4 by Marcenda from Carcavelos, Lisboa (distrito) Portugal on Saturday, December 20, 2008
Recebido há dias, vindo da ichigochi, a minha madrinha-Natal. É o presente de Natal BC perfeito para mim, não imagino um que pudesse agradar-me mais. Muito, muito obrigada, moranga linda. Espero que tenhas um óptimo Natal e que 2009 te inunde de saúde e felicidade!