O País das Uvas
Registered by Jota-P of Sacavém, Lisboa (distrito) Portugal on 1/15/2021
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Apesar de ter completado o curso de Medicina, Fialho de Almeida nunca exerceu a actividade, entregando-se à boémia em Lisboa.
A sua obra é composta sobretudo por artigos de jornais, posteriormente reunidos nos volumes Os Gatos (entre 1889 e 1894) e Pasquinadas (1890). O carácter fragmentário da sua prosa revela-se em Contos (1881) e O País das uvas (1893), considerado o melhor dos seus volumes de contos.
A sua obra é composta sobretudo por artigos de jornais, posteriormente reunidos nos volumes Os Gatos (entre 1889 e 1894) e Pasquinadas (1890). O carácter fragmentário da sua prosa revela-se em Contos (1881) e O País das uvas (1893), considerado o melhor dos seus volumes de contos.
Journal Entry 2 by Jota-P at -- By person, mail/mão própria, por correio --, -- Por correio / mão própria -- Portugal on Monday, June 14, 2021
Released 2 yrs ago (6/15/2021 UTC) at -- By person, mail/mão própria, por correio --, -- Por correio / mão própria -- Portugal
CONTROLLED RELEASE NOTES:
Não li este o livro, por isso não sei se esta é uma boa edição ou não. Mas não podia deixar de o enviar à aniversariante de Junho, pois é um livro que está na sua lista de desejos. Agora, é só esperar que a dita lista não esteja desactualizada!
A lista está actualizada, sim! Muito obrigada, Jota!!
Comecei este livro de pé atrás, porque tinha lido há pouco tempo uma biografia de Eça de Queirós, que descrevia a forma como Fialho de Almeida passou de uma quase adoração inicial por Eça, para uma inexplicável crítica, que culminou na publicação de um artigo arrasador de críticas assim que soube da sua morte, e na ida ao seu funeral de gravata vermelha.
Eça não foi, certamente, um santo, e acredito-o capaz de algumas patifarias, mas custa-me imaginar algo que justificasse atitudes deste tipo. Tive, portanto, que fazer um esforço para separar a pessoa do escritor, quando comecei a ler O País das Uvas.
Não foi, portanto, má vontade, mas dos 20 contos incluídos neste livro, apenas gostei verdadeiramente de três, os mais “luminosos”, se assim lhes posso chamar, por oposição à negatividade de todos os restantes: Pelos Campos, A Velha e Idílio Triste.
Os outros 17, achei-os violentos (especialmente o Conto do Natal), mórbidos (quase todos, mas em especial O Corvo e Três Cadáveres) ou nonsense, mas sem que este viesse associado ao humor, que é o que, para mim, torna o nonsense aceitável (caso d’O Anão). Tudo isto vem associado a uma escrita excessivamente elaborada, talvez característica da época, mas que não contribuiu em nada para a minha felicidade.
A sensação com que fiquei foi a de alguém cheio de raiva e pessimismo, que despejou todas as suas frustrações no papel. Não lhe nego qualidade, mas não é, decididamente, escritor para mim. São 6 estrelas, pelos três contos que acima referi.
Eça não foi, certamente, um santo, e acredito-o capaz de algumas patifarias, mas custa-me imaginar algo que justificasse atitudes deste tipo. Tive, portanto, que fazer um esforço para separar a pessoa do escritor, quando comecei a ler O País das Uvas.
Não foi, portanto, má vontade, mas dos 20 contos incluídos neste livro, apenas gostei verdadeiramente de três, os mais “luminosos”, se assim lhes posso chamar, por oposição à negatividade de todos os restantes: Pelos Campos, A Velha e Idílio Triste.
Os outros 17, achei-os violentos (especialmente o Conto do Natal), mórbidos (quase todos, mas em especial O Corvo e Três Cadáveres) ou nonsense, mas sem que este viesse associado ao humor, que é o que, para mim, torna o nonsense aceitável (caso d’O Anão). Tudo isto vem associado a uma escrita excessivamente elaborada, talvez característica da época, mas que não contribuiu em nada para a minha felicidade.
A sensação com que fiquei foi a de alguém cheio de raiva e pessimismo, que despejou todas as suas frustrações no papel. Não lhe nego qualidade, mas não é, decididamente, escritor para mim. São 6 estrelas, pelos três contos que acima referi.
Enviado hoje em RABCK para a cometa54.