Um livro de viagens que alia descrições líricas da Austrália — flora, fauna e geologia — à revisitação da história e da brutalidade com que foram tratados os povos aborígenes."Terra Nullius", que significa «terra de ninguém», designa ironicamente a terra expropriada a esta cultura quase extinta. «Sven Lindqvist é brilhante. "Terra Nullius" corresponde a mais uma viagem devastadora através da história de um país.» Geoff Dyer «É possível o arrependimento quando se trata de crimes pra ticados por outros?Podemos ficar arrependidos de crimes que não tenhamos cometido pessoalmente — mas dos quais tenha mos posteriormente beneficiado?Quais são os critérios possíveis de responsabilização colectiva por crimes históricos?»

Este livro é enviado como RABCK integrado no "misterioso" BookRay Conchas LFL :) organizado pelo joaquim! Fiquei com "Um americano em Paris" e deixo este. Ao longo do Ray um dos inscritos poderá escolhe-lo para uma leitura posterior. Seria bom que alguém o desejasse ler. Boas leituras

Segue para a ichigochi

Li o livro e volto a enviá-lo com o BookRay Conchas LFL para que outros possam escolhê-lo.
http://www.bookcrossing.com/journal/14836316/

Gostei muito desta viagem aos antípodas.
Já tinha uma pequena ideia dos temas que são abordados no livro mas sem dúvida que fiquei com uma perspetiva muito mais informada.
Para além de nos falar de história, geografia, flora e fauna da Austrália, levanta também muitas questões sobretudo antropológicas.
Nomeadamente a questão da culpa dos descendentes em relação aos crimes dos seus antepassados, dos quais são beneficiários, é muito pertinente e difícil de resolver...

Obrigada pela partilha marialeitora.
Para já, vai continuar viagem até às mãos da Baiia.

Recebi este livro num RABCK da LFL. Como é um livro maior que os restantes que recebi no envelope vou deixá-lo ficar cá por casa e quando o ler ponho-o de novo a circular. Obrigada pela partilha!

Achei o livro muito interessante. Por um lado descreve uma Austrália muito bonita, por outro lado fala de questões raciais compexas. Fica disponível para seguir viagem.

Segue hoje para a irus integrado na BookBox de Ano Novo. Espero que gostes!

Numa altura em que a Austrália está nas notícias pelos piores motivos, esta viagem aos antípodas parece ser interessante.

Há muito que um livro não me deixava tão angustiada. O desprezo, a tortura, o sofrimento (incluíndo o roubo de todas as crianças mestiças às suas mães, para que servissem de mão-de-obra escrava menos impura) a que foram sujeitos vários povos aborígenes - a tal ponto de um livro de 1930, com o título "The australian aboriginal as a human being", ser ainda considerado controverso - é de pôr a minha alma no charco. Tal como saber que apenas em 1957, a direito a ser cidadão australiano, e como tal a poder votar e ser servido em restaurantes, foi dado a UM aborígene em particular, por se ter distinguido nas artes, e no entanto acabou preso por um crime menor, tolerado aos brancos.
Foram precisamente as artes que acabaram por colocar os aborígenes noutro plano, na cultura australiana, apesar de ainda hoje em dia serem muito discriminados.
Por todas as reflexões, nomeadamente a da culpa dos descendentes em relação aos crimes passados, e também pelos apontamentos das paisagens e geografia, gostei muito do livro.

Recomendável, sem dúvida.