"Um homem chamado Joaquim Heliodoro ganhou uma fortuna e comprou um palacete acastelado, no qual resolveu cumprir o sonho de se tornar proprietário de um hotel especial. Para isso, transformou a casa num lugar labiríntico, onde a descoberta inesperada de uma passagem secreta revela que ali ocorreram histórias misteriosas.
O hoteleiro, amante de história, de arquitectura e de pornografia, assuntos a que dedica muitas reflexões ao longo destas páginas, acrescenta ao mistério do palacete o seu próprio mistério e os vícios e fraquezas que o acompanham. São testemunhas e cúmplices desse mistério vários hóspedes do hotel, em particular Manuela e Margareta, duas mulheres que encantam e intrigam Joaquim Heliodoro."

Este livro vai viajar na companhia de um outro, no trenó do Pai Natal...
Para onde irá? ;)

HO HO HO! Mas que bela surpresa que aqui vai!

Festas Felizes!!!

Muito obtigado, ichigochi! Gosto sempre de ler autores portugueses. De Paulo Varela Gomes já li O Verão de 2012 e gostei bastante! Espero também vir a gostar deste.
Muito obrigado por este simpático presente. Nem era necessário que me tivesses enviado outro livro a acompanhar este! Assim que os tiver lido, venho cá dizer o que achei de cada um deles!

Gostei deste livro, mas atendendo à classificação que dei a O Verão de 2012, terei gostado mais deste último.

Achei a maneira como esta história está escrita algo pretensiosa, com descrições demasiados exaustivas da arquitectura do Hotel da Torre das Infantas... Não é que descrições arquitectónicas me incomodem, mas a realidade é que pouco ou nada a memória do leitor comum retém dessas descrições e, por essa razão, acho que é desnecessário gastar-se tantas páginas com as mesmas.

Ao longo da história vão surgindo igualmente muitas citações de outros livros, o que é engraçado, mas fiquei na dúvida se serve de facto da melhor maneira a história que nos está a ser contada.

Também achei curioso (e, mais uma vez, demasiado pretensioso) que um capítulo inclua três narrações distintas, correspondendo aos pontos de vista de 3 personagens diferentes... No entanto, existem razões por que esse mecanismo narrativo não é utilizado com mais frequência... É que o leitor não consegue ler 3 colunas em simultâneo, pelo que cada coluna tem de ser lida à vez...

A maneira como a história termina é também algo abrupta.

Resumindo, é um autor que realmente vale a pena conhecer, mas creio que este não será o melhor livro dele.

Descobri que este livro está na lista de desejos de uma bookcrosser que gosta de ler... Como um livro não ganha nada, além de pó, em estar parado numa estante, decidi enviá-lo a quem, esperamos nós, o venha a apreciar! Espero que ela goste desta surpresa de fim de 2020!

Que bela surpresa!
Ainda pensei que fosse o presente do Pai Natal, mas vejo que é mesmo "só" carinho e generosidade :)
Obrigada, Jota-P. Fico mesmo feliz com o teu gesto.
Bom Natal

Para mim é o primeiro livro de Paulo Varela Gomes, autor que tinha curiosidade de ler e não fiquei nada desiludida.
É certo que as pormenorizadas descrições do hotel e cada quarto e recanto são algo aborrecidas (confesso que, a partir de certa altura, comecei a saltar algumas), mas houve momentos em que me fizeram lembrar a imaginação delirante d'"As cidades invisíveis". E acho que a forma algo rebuscada do livro se coaduna na perfeição com a personalidade de Joaquim Heliodoro.
A escopofilia (palavra que desconhecia) atira-nos para um jogo de espelhos, de alguém que espreita alguém que está a espreitar, sendo nós, leitores, também parte desse jogo.
O capítulo em colunas, que nos fazem virar e revirar as páginas, para seguir o ponto de vista de 3 personagens, as longas citações de cenas eróticas retiradas de livros antigos, a conversa de Heliodoro com a criança, que a certa altura é descrita em ítems, tornam o jogo (a leitura) ainda mais divertido e acho que colmatam bem as partes mais aborrecidas.
De resto, tenho de concordar absolutamente com Heliodoro que reserva "a sua amargura biliosa" para a "música ambiente nos espaços colectivos (e nos elevadores!, Santo Deus, nos elevadores!), esse detestável hábito de gente que não gosta de silêncio porque, sem ruído, a própria vacuidade cerebral se revela de chofre..."

Num aspeto menos bom - e devidamente assinalado pelo Jota, creio - irrita-me solenemente e acho imperdoável a utlização da expressão "solarengo" em vez de "soalheiro".

Já agora, aproveito para informar os leitores mais novos que a série "Upstairs, downstairs" mencionada no livro passou em Portugal como o nome de "A família Bellamy" e não tem nada a ver (exceto no tema) com "Downtown Abbey" - isto porque esta dúvida ficou assinalada na berma do livro por um leitor anterior.

Nova JE só para assinalar que livro fica disponível para leitores curiosos.