«Interrogava-se sobre a utilidade da arte. Comparou essa utilidade com a da ficção, e os olhos caíram pela estante onde repousam, não como cemitério, mas da tarefa de serem lidos, os livros, únicos habitantes da casa a quem dava a liberdade de estar, em qualquer sítio, nas mesas, cadeiras, alpendre, no chão.»

Só peguei neste livro porque foi o escolhido pelo Clube Literário de Gaia para o mês de Outubro. Provavelmente vou acabar por não ir à tertúlia da próxima sexta-feira, na Casa Barbot, mas aqui fica o meu comentário pessoal.
Gostei mais de umas histórias do que de outras - apreciei mais as histórias com poucas personagens femininas, sem sexo gratuito, nem pessoas a morrer ou já mortas (e em particular sem os dois últimos itens associados).
Houve algumas situações em que me senti bloqueada pela confusão do enredo ou do texto - não compreendia quem estava a falar, sobre o quê, de quem...
Também tropecei em pelo menos 3 ocorrências do verbo "desfolhar" quando obviamente se pretendia dizer "folhear", o que me irritou um bocadinho :)
Tudo somado, não posso dizer que tenha gostado muito do livro. Para mim, a leitura valeu sobretudo por algumas imagens mais bucólicas e por algumas referências de outras artes (música, pintura, escultura...).